E-commerce21

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Empresa se destacou, segundo o banco, com o investimento em logística

Nesta segunda (15), o Mercado Livre (MELI34) anunciou uma oferta primária de 1 milhão em ações ordinárias, ao preço unitário de US$ 1,55. A estimativa é de que o follow-on deva captar US$ 1,8 bilhão. Para analistas do BTG Pactual (BPAC11), o movimento deve reforçar o posicionamento da empresa como um líder de mercado.

O BTG foi também surpreendido positivamente pelos números pela empresa. No cenário brasileiro, o GMV (Volume Bruto de Mercadorias) do Mercado Livre em 2020 foi 14% maior do que as estimativas pré-pandemia do BTG, que agora espera alta de 31% em 2021. Enquanto isso, o mercado de e-commerce deve chegar a R$ 220 bilhões no Brasil em 2021, 38% maior que as projeções do banco.

A empresa argentina se destacou, segundo o banco, com o investimento em logística. Enquanto a Covid-19 impactava o setor de varejo, a empresa aumentou a penetração de sua rede proprietária e oferta de atendimento entre seus vendedores, uma etapa crucial para melhorar os níveis de serviço e superar o mercado.

Para BTG, Mercado Livre é um dos vencedores do e-commerce

"Seguindo os resultados do 3T21 divulgados pelo Mercado Livre, atualizamos nossos números para o empresa na semana passada, atingindo um novo preço-alvo de US$ 2,03 por ação no em 2022", diz o relatório do banco. O documento considera que "a ação tem sido volátil este ano (-5% no acumulado do ano, mas superando seus pares), ainda negociando com uma rica avaliação de 1,9x EV / GMV 2022 (ex-MercadoPago)".

"Considerando as oportunidades de crescimento do ecossistema do Mercado Pago (mais penetração fora da plataforma juntamente com serviços adicionais, como crédito e ativos gestão), assim como o crescimento GMV acima da média (com o Mercado Livre exposto a uma ampla seleção de categorias), continuamos a ver a empresa como uma das vencedoras no e-commerce latino-americano e no setor de pagamentos, alavancando seu ampla base de clientes e vendedores, com seu maior foco no nível de serviço", observa o BTG.

Por Bruno Galvão

Fonte: Suno Notícias

Varejo é o setor que concentra a maior quantidade de ocupados sem registro

Com um contingente de 6,8 milhões de trabalhadores ocupados sem registro, o varejo é o setor que apresenta maior informalidade no Brasil. Isso representa de R$ 95 bilhões a R$ 125 bilhões em evasão fiscal, ou seja, de impostos que deveriam ser arrecadados pelas empresas. No varejo digital, a evasão é ainda maior: de 33% a 37% das vendas não recolhem tributos, segundo um estudo do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) realizado com o apoio da consultoria McKinsey & Company e do escritório de advocacia Mattos Filho. Nas vendas físicas, a informalidade varia de 25% a 34% das vendas.

“A informalidade não é mais o camelô na porta da loja. É uma estrutura poderosíssima que a transformação digital trouxe e que está ceifando empregos”, afirma Marcelo Silva, presidente do IDV.

O principal motivo apontado pelo estudo é a falta de monitoramento dos marketplaces sobre a atuação informal de seus vendedores. A expansão de vendas cross-border (operações comerciais que vão além das fronteiras) e serviços de delivery evidenciam novas rotas de informalidade.

“Queria enfatizar dois aspectos: o aspecto da pessoa jurídica depende apenas da boa vontade das plataformas. O mais complexo é o do chamado sacoleiro digital. Hoje é a profissão que mais cresce, que, do conforto do celular, compra todo o tipo de produto dos marketplaces externos, que são uma espécie de cúmplice porque mandam a etiqueta simulando o preço abaixo do limite de isenção, sem o imposto de importação”, afirma Flávio Rocha presidente do Conselho de Administração do Grupo Guararapes.

Com isso, segundo ele, um produto eletrônico chega a custar um terço de valor de um produto importado legalmente pelo varejista que recolheu todos os impostos.

Informalidade entre as pequenas empresas
Na pesquisa feita com os vendedores das plataformas digitais identificou-se o tamanho da informalidade entre pequenas empresas: 47% das MEIs e MEs declararam receita acima do permitido em suas categorias tributárias. Outros 25% disseram operar por meio de múltiplas MEIs para driblar os mecanismos tributários.

“A legislação brasileira incentiva isso. Precisamos simplificar a legislação tributária e previdenciária para que todos queiram se formalizar. Da maneira como é hoje, os pequenos não ousam se formalizar. Mas a gente sabe que se os pequenos e médios se formalizarem com uma desoneração da folha de pagamento e simplificação tributária, vamos ter muito mais empregados. Isso favorece toda a economia”, afirma Silva. Segundo ele, todas as empresas associadas do IDV assinaram um guia de boas práticas para identificar sellers informais.

Entre as iniciativas para mitigar a informalidade no varejo, o IDV destaca oito modelos observados em mercados como os Estados Unidos, União Europeia e China:

Elevar responsabilidade de plataformas digitais pela venda de produtos de descaminho e falsificados em seus domínios;
Utilizar tecnologias de rastreamento, como blockchain ou serialização de produtos, para identificar origem de mercadorias e restringir rotas informais;
Certificar cadeias fornecedoras em relação à origem de produtos e atuação idônea;
Aprimorar a gestão de sellers, incluindo protocolos de inclusão e validação rotineira (ex: verificação de documento fiscal na venda e monitoramento de venda por pessoa física);
Aumentar visibilidade do fiscalizador sobre transações realizadas no varejo digital por meio de protocolos de compartilhamento de dados por plataformas ou tarifa sobre transações financeiras;
Transferir para intermediadores, como as plataformas digitais nacionais, a atribuição de recolhimento de tributos, ao invés do seller;
Transferir para os agentes logísticos, inclusive os serviços postais públicos, a atribuição por recolher tributos e compartilhar dados sobre remessas internacionais;
Alavancar o uso de dados e algoritmos em controles aduaneiros para aumentar a assertividade das fiscalizações.

Fonte: Mercado e Consumo

Levantamento da ABComm indica consolidação das compras por canais digitais no País

Após registrar um crescimento acelerado no início da pandemia de covid-19 e servir como principal alternativa aos lojistas, o e-commerce consolida seu crescimento no varejo brasileiro. É o que aponta um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

De acordo com dados mais recentes levantados pela entidade, as vendas online correspondem a 11,6% do setor varejista no País. O desempenho segue uma tendência registrada no ano: em todos os meses, a participação do comércio eletrônico ficou na casa de dois dígitos.

Lojas virtuais como Giuliana Flores e Ozllo tornaram-se marketplaces e atuam com gigantes do setor. Varejistas como Bebida na Porta e Lowko adequaram seus negócios para o mercado atual e crescem a cada ano.

Esse é um movimento que se acentuou a partir de abril de 2020, o primeiro mês da pandemia de covid-19. Na ocasião, a participação do e-commerce brasileiro no varejo saltou para 11,1% – até então, nenhum mês tinha passado dos 10%. O recorde foi registrado em novembro de 2020, com a segunda onda do coronavírus e o impacto da Black Friday: 14,4%.

“O levantamento reforça uma tendência já observada pelo mercado, com a consolidação dos canais digitais na estratégia do varejo. Mesmo com o início da campanha de vacinação e a retomada do comércio de rua, o e-commerce seguiu influente e com participação ativa no setor”, explica Mauricio Salvador, presidente da ABComm.

Compras na Black Friday

Mesmo com a alta nos preços, 79% dos consumidores pretendem fazer compras no período. Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), a produção da indústria elétrica e eletrônica sofreu sua terceira queda consecutiva em agosto, de 3%, por conta das dificuldades na aquisição de componentes. Se comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção do setor caiu 6,7%.

Segundo um estudo feito pela GfK, consultoria mundial que utiliza data analytics para trazer novas estratégias, apesar da cautela com os preços, 87% das pessoas pretendem gastar o mesmo ou até mais do que no ano passado.

“Os consumidores veem na Black Friday uma oportunidade para comprar um item de desejo ou fazer a troca de um aparelho mais antigo por um moderno”, afirma Fernando Baialuna, diretor de Negócios e Varejo da GfK.

Fonte: Mercado e Consumo

Quinta, 28 Outubro 2021 00:40

E-commerce: da ascensão atual ao futuro

Com a pandemia do coronavírus, a economia brasileira sofreu um grande golpe em 2020, marcada por uma contração de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do país após três anos consecutivos de alta. Muitos setores da economia sentiram esse impacto, como os shoppings centers que, segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), tiveram um faturamento 33% menor em 2020 em comparação ao ano de 2019. Por outro lado, um setor em especial se beneficiou desse cenário pandêmico e decolou em 2020, o e-commerce.

A limitação imposta aos comerciantes em vendas presenciais como medida para diminuir a propagação do vírus, levou ao fechamento de estabelecimentos em 2020. Contudo, também representou um período de adaptações a um novo cenário imposto pela pandemia, na qual aqueles indivíduos que demandavam algum produto em específico acabaram optando por realizar suas compras pelo site de uma determinada loja, ou seja, se encontraram em uma migração forçada para o mercado digital. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o crescimento nas vendas on-line foi de 68% em 2020. Outro dado surpreendente foi a taxa de participação do e-commerce no faturamento total do varejo, que dobrou, passando de 5% em dezembro de 2019 para mais de 10% em alguns meses de 2020 – chegando a atingir 14,4% em novembro.


Para 2021, os ganhos no comércio eletrônico permanecem em ascensão. Já no primeiro semestre, as vendas no e-commerce atingiram novos recordes, R$ 53,4 bilhões de reais, aumentando 31% em relação ao primeiro semestre de 2020, segundo dados da Ebit Nielsen, especializada em mensuração e análise do comércio eletrônico no país. Segundo a NeoTrust, a expressividade do setor foi alavancada pelas promoções de início do ano e pela Semana do Consumidor, somadas às novas limitações impostas pela segunda onda da pandemia. A facilidade nas compras e a disponibilidade de comparações de preços, bens e serviços também são atrativos às vendas on-line. Além disso, a ascensão dos meios de pagamentos digitais favorece a atuação do comércio eletrônico.

O e-commerce se mostrou um forte aliado ao dinamismo econômico. O seu uso e crescimento são mudanças que impactarão a economia futura. O uso da internet é uma forma de criar um contato mais íntimo com os clientes e de estimular a confiança e o retorno por parte deles. Ademais, o e-commerce ligado ao uso de canais de forte interação com os compradores, como redes sociais, facilita a ascensão e o maior conhecimento do bem ou serviço ofertado, o que atrai a busca por eles.

Fonte: Tribuna de Minas

Sim, o Pinterest é uma plataforma focada em inspiração. Entretanto, como disse André Loureiro, Diretor Geral do Pinterest na América Latina, ela pode ir muito além disso. “As pessoas estão usando o Pinterest como um passeio no shopping. Ou seja, sem objetivo, mas entendendo o que querem. O que a gente já sabe com base em nossa análise é que elas pretendem gastar mais com coisas para si, assim como comprar presentes no final do ano”. Com base nisso, é possível entender o mundo de estratégias de marketing de conteúdo que pode conversar com tais buscas. E, como verá mais adiante, em breve o a rede social se tornará mais um canal de vendas no Brasil!

Segundo uma análise do Pinterest, 50% dos pinners (termo para usuários da plataforma) esperam gastar mais em presentes. Isso ocorre porque esperam presentear mais os familiares, com grande expectativa de promover festas e receber pessoas em casa no fim de ano. “É preciso encontrar maneiras de participar dessa jornada no Pinterest. Aqui, eu recomendo utilizar conteúdos e comunicação relevantes para enriquecer a navegação dos pinners e gerar resultado para todos no final”, indicou Loureiro.

Entre os produtos mais buscados pelos pinners, batom de morango, dicas de perfumes femininos e maquiagem básica cresceram mais de 100% ao ano. Já na moda, termos como “sapatos confortáveis”, botas femininas” e “vestidos preto” são exemplos que dobraram o número de buscas. Por fim, em buscas sobre Eletrônicos e Eletrodomésticos os termos mais evidentes são “cases (celular) estilo” e “mini geladeira”.

Vendas no Pinterest
Uma das novidades apresentadas por Loureiro — com exclusividade no Fórum E-Commerce Brasil Grand Connection — é que o Pinterest lançará em breve no Brasil a oportunidade de venda de produtos de e-commerces na plataforma. “Já imaginou todos os elementos do mosaico compráveis? Sim, ao buscar uma ideia no Pinterest isso será possível a partir de um clique”, garantiu. Essa experiência também poderá ocorrer de outra forma. Por exemplo, imagine que você tirou a foto de um abajur. Com ela (ou uma referência obtida na internet), você encontrará o modelo ou uma peça baseada nas características para a compra.


Como Loureiro reforça, isso não se trata apenas de um conceito. “Foi realizada uma metanálise com 1000 campanhas fora do Brasil em relação a temporada de fim de ano do ano passado. As empresas que trabalharam nas campanhas de ativação de campanhas previamente, tiveram 5,2 vezes mais conversão e 2,9 vezes maior receita com usuários”. Ele reforça que não se trata unicamente de compras fechadas pelo Pinterest, mas sim que passaram por esse momento, mas foram convertidas em qualquer outra plataforma. “Trata-se da importância de buscar o momento de inspiração e tornar a jornada mais rica”, reforçou.

Como estratégia de preparo dessa jornada do usuário, Loureiro recomenda: “Tratam-se de experiências orgânicas, onde qualquer e-commerce pode conectar sua vitrine no Pinterest. A solução está aberta, e a forma rica de trabalhar é trazer de um lado os gatilhos de ação (vitrine, produto), e de outro trabalhar com conteúdo inspirador, com um lado mais inspiracional. No final do dia todos buscamos essa experiência. Há marcas que já se conectam com os consumidores nesse momento prévio da jornada e os conquistam na conversão”.

Por Giuliano Gonçalves, da redação do E-Commerce Brasil.

A aplicação de estratégias relacionadas ao consumo por meio das mídias sociais deixou de ser tendência. Agora, a pergunta que players do e-commerce se fazem é de como acompanhar as rápidas mudanças no comportamento do consumidor por meios dessas ferramentas.

O esclarecimento das formas de raciocinar negócios agora foi feito por Fabrício Fudissaku, head de Insights do Facebook IQ na América Latina. O profissional reforçou que a utilização de mídias sociais é uma realidade para consumir, mas o que querem as pessoas?

“O primeiro passo é ter em mente que as necessidades dos consumidores estão acima das ofertas das marcas. O caminho para qualquer empresa é nortear-se com base no comportamento dos usuários e, por meio disso, ocupar os mesmos espaços que eles”, diz.

Mas quais são os pontos principais para acompanhar o comportamento do consumidor e dividir os ruídos dos sinais? Fudissaku lista algumas formas de fazer isso:

1. Foco no presente (premissa básica)

Entender o agora para preparar-se ao futuro.

2. Qualitativo somado ao quantitativo

Ter conhecimento e usá-lo de forma objetiva, combinando metodologias e recorrendo aos caminhos mais benéficos.

3. Monitoramento no pulso

Entender que o crescimento não acontece em linearidade. A curva das novidades é exponencial e manter-se atualizado ajuda a monitorar situações.

4. Metodologia de trend spotting

Caminho por quatro etapas:

Observar: acompanhar o movimento do mercado
Hipótese: traçar estratégias e caminhos possíveis
Validação: estudo com consumidores
Projeção
Estrutura das tendências
Além de aprender a seguir o fio da meada no comportamento do consumidor, saber o porque uma tendência surge também é importante. É uma das formas, segundo o especialista, de imergir ainda mais em um novo universo e criar os produtos certos.

“O plano inclui três etapas: Contexto (por que isso acontece agora?), desenvolvimento das tendências (ferramentas, população, cenário) e projeção (e depois?). Durante a pandemia, por exemplo, alguns formatos de consumo foram modificados. Um dos fatores criados foi a regra dos 66 dias, que é o tempo necessário para um novo hábito ser criado. Este é apenas um dos gargálos que mostram o dinamismo desenvolvido nos consumidores”, complementa.

A seguir, Fudissaku encerrou com mais uma listagem, dessa vez de tendências de impacto direto no comportamento do consumidor. Veja:

1 – F.O.G.O (Fear Of Going Out)
As pessoas estão valorizando a segurança de consumir de dentro de casa. Por conta disso, 56% declaram que reduziram visitas a pontos físicos de venda e 51% pretendem comprar de marcas com opção de assinatura. São inovações que atendem a necessidade do contactless, bem como a opção de comprar online e retirar na loja.

2 – Inovação tecnológica
O investimento em realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) nos próximos anos deve aumentar ainda mais. Atrelado a isso, mais pessoas devem usar e se interessar por essas tecnologias. Atualmente, 65% dos consumidores querem conhecer melhor um produto sem ir à loja, o que cria um ambiente favorável à essas novidades.

3 – Compra invisível
A ideia de comprar um produto sem saber exatamente o que está pagando também pode ser cada vez mais atraente. Uma espécie de promoção com um preço atrativo para um produto “surpresa” atrai o comprador atual.

4 – Demandas reprimidas
Viagens, confraternizações, práticas de esportes e outros eventos postergados em meio à pandemia irão acontecer.

5 – Social gaming
Plataformas de jogos serviram para encontros sociais durante o isolamento. A pandemia ajudou nessa evolução da “mesa de bar do futuro”, estimulando companhias a investirem neste tipo de evento híbrido ou 100% virtual.

Por Lucas Kina, em cobertura especial para o Fórum E-Commerce Brasil.

 

Segunda, 04 Outubro 2021 00:40

O fenômeno do marketplace no Brasil de 2021

A possibilidade de aproveitar e-commerces que recebem centenas de milhões de visitas por mês para que pequenas empresas anunciem seus produtos é um fenômeno que não para de crescer. Para explicar o desenvolvimento desse modelo de vendas, Felipe Mendes, general manager Latin America da GfK, apresentou um estudo que traça as principais engrenagens que fazem o marketplace acelerar e render no Brasil, no Fórum E-Commerce Brasil – Grand Connection.

Em uma análise do e-commerce brasileiro, é possível perceber que pouco mais da metade da base de sellers se classifica como dono do próprio negócio e a maioria (32%) das empresas se denomina como pequenas ou micro. Com sedes concentradas em São Paulo e sellers em categorias complexas, um terço das empresas afirma que têm até três funcionários.

Outra característica levantada por Mendes é a de que a pandemia foi um claro acelerador para marketplaces: 84% das empresas entrevistadas vendem por esse modelo, que é a opção mais citada, quando comparada à vendas em loja física, loja própria online e whatsapp.

“Essa expansão também pode ser vista no faturamento, que dobrou em 2020 no canal online e segue tendência de crescimento em 2021”, assegura. Segundo um estudo apresentado em junho deste ano, dentro do universo online, que alcançou 44% de importância em 2021, o marketplace ganha força e já representa um quarto das vendas das categorias principais de bens duráveis.

A partir dos dados anunciados, Mendes deixa como provocação para os empresários, o teste de estratégias considerando sellers, shoppers e marketplace, além de tentar resolver a complexidade crescente do seller para fidelizar o consumidor.

Por Marina Teodoro, em cobertura especial para o Fórum E-Commerce Brasil.

A norte-americana Amazon vai abrir dois centros de distribuição no país ainda este ano. O pontapé inicial será no Rio de Janeiro, onde a companhia ainda não tinha operação própria. A gigante do comércio eletrônico anunciou na terça-feira (14) a abertura de um espaço de 30 mil m² em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Em seguida, será a vez de estrear em Fortaleza, capital do Ceará.

A estratégia é reforçar a atuação, de olho nas vendas de Black Friday e Natal. Atualmente, a Amazon vem enfrentando forte concorrência com outras empresas do setor de comércio eletrônico, como Mercado Livre, Americanas, Magazine Luiza e redes de varejo, que vêm investindo em entregas ultrarrápidas, além de ampliarem suas operações logísticas.

Mil empregos no fim do ano
Com a chegada no estado do Rio e, em breve, no Ceará, a Amazon vai reforçar sua atuação geográfica no país. Hoje, a companhia conta com dez centros de distribuição, dos quais quatro são localizados em São Paulo, além de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.

Segundo Ricardo Pagani, diretor-geral de Operações da Amazon no Brasil, o novo espaço no Rio de Janeiro vai gerar até mil empregos durante a temporada de fim de ano. Em um primeiro momento, estão sendo geradas 200 vagas diretas.

O novo centro de distribuição em São João de Meriti tem um espaço equivalente a quatro campos de futebol. O objetivo é aumentar a cobertura geográfica para permitir a entrega mais rápida dos produtos. Hoje, a empresa conta com entrega em 48 horas em 700 cidades dentro do programa de fidelidade Prime.

“Montamos os centros de distribuição em localizações estratégicas para aproximar os itens dos clientes e acelerar a velocidade de entrega. O espaço vai abastecer o estado do Rio e outros locais do Brasil. Até o fim do ano, vamos abrir outro centro em Fortaleza”, diz Pagani.

A empresa, que já conta com 5.200 funcionários diretos na área de operação no Brasil, vai ainda desenvolver um programa de apoio aos parceiros locais. Essa lista inclui empreendedores e transportadoras próximos aos centros de distribuição.


Fonte: Agência O Globo, via IG

Carolina Wischhoff e Maria Emília Abreu usam a própria experiência como mães para criar os itens da Zero a Oito

No primeiro ano de vida de uma criança, muitos pais e mães gostam de comemorar o mêsversário — uma celebração mensal desde o nascimento. Carolina Wischhoff, 38 anos, é uma das que tinha vontade de fazer a comemoração. No entanto, após o nascimento do filho, estava tão cansada que só conseguiu fazer o primeiro mês. “Senti falta de um produto que fosse prático e que a própria mãe pudesse fazer a foto em casa”, afirma a empreendedora.

Criou o tapete de mêsversário, em que é possível tirar fotos das crianças conforme os meses vão passando. O produto foi o primeiro item da Zero a Oito, e-commerce de produtos infantis que começou a operar no início de 2019. A marca digital teve um crescimento de 100% em 2020 e fechou o ano com faturamento de R$ 1,5 milhão


Assim que teve a ideia, no final de 2018, Wischhoff fez uma publicação nas redes sociais em um grupo com outras mães para perceber se outras pessoas teriam interesse. Com respostas positivas, a empreendedora chamou a amiga Maria Emília Abreu, que também é mãe, para começar o negócio.

A ideia sempre foi ter mais produtos do que o tapete e, para isso, nomearam o negócio de Zero a Oito — indicando que seriam atendidas crianças com até oito anos de idade. Segundo a empreendedora, o diferencial é ter mães nos bastidores. “Prezamos muito para que nossas colaboradoras tenham a experiência da maternidade. Isso gera inovação e comunicação mais empática com as clientes”, diz Wischhoff.

E as dores das próprias sócias inspiram os lançamentos. O kit para desfralde, por exemplo, veio de uma dificuldade que Abreu sentia com as filhas. Elas então lançaram uma linha de calcinhas e cuecas para estimular as crianças, com estampas lúdicas que tornam o momento de ir ao banheiro mais divertido.

Outro lançamento — que se tornou a linha mais vendida da marca — foi o conjunto para mães e bebês usarem ainda na maternidade. “Foi algo que pensei porque as fotos que tirei no hospital não ficaram boas”, diz Wischhoff.

Por ser uma marca nativa digital, a Zero a Oito não sentiu grandes impactos da pandemia do novo coronavírus. A expectativa agora é continuar com o crescimento acelerado e aumentar a linha de produtos. Com isso, o negócio espera fechar o ano com faturamento de R$ 3 milhões.

Fonte: PEGN

Para a entidade, a pandemia e preocupação com meio ambiente podem ter impulsionado o mercado

A abertura de estabelecimentos que comercializam produtos de segunda mão teve um crescimento de 48,58%, entre os primeiros semestres de 2020 e 2021, de acordo com levantamento do Sebrae, com base em dados da Receita Federal. Para a entidade, a pandemia de covid-19, que aumentou o controle financeiro das famílias, e a preocupação cada vez maior com a preservação do meio ambiente, podem ter sido fatores que impulsionaram o mercado de produtos usados no país.

A empresária Carolina Fonseca, de 39 anos, viu isso ocorrer na prática. Ela é proprietária do brechó de roupas Musa Moda Circular, em Brasília, e relata o aumento nas vendas e na abertura de brechós nesse período, principalmente de lojas online.

Para ela, as pessoas estão normalizando a compra de produtos usados e revendo hábitos de consumo, principalmente aqueles que ficaram em home office durante a pandemia. “As pessoas me traziam grande quantidade de desapegos. Elas passaram a rever o que tinham no guarda-roupa e viram que não faz mais sentido manter todas essas roupas. Além de passar mais tempo em casa e, teoricamente, ter esse tempo de repensar a própria vida. Vi esse movimento minimalista”, disse Carolina.

Segundo o Sebrae, foram abertas, no primeiro semestre desse ano, 2.104 novas empresas no segmento, sendo 1.875 microempreendedores individuais (MEI) e 229 empresas de pequeno porte. No mesmo período do ano passado, haviam sido criadas 1.298 MEI e 118 pequenas empresas. Segundo a entidade, o incremento na abertura de novos negócios no comércio de produtos usados verificado entre os seis primeiros meses de 2020 e 2021 é o maior em seis anos.

O levantamento abrange o comércio varejista de moedas e selos de coleção, livros e revistas e outros artigos usados, como móveis, utensílios domésticos, eletrodomésticos, roupas e calçados e material de demolição.

Tendências de mercado
De acordo com o Sebrae, essa é uma tendência mundial e pesquisas feitas em outros países comprovam que o mercado de usados ainda tem espaço para crescimento. A entidade cita a pesquisa feita pela ThreadUP, uma das principais plataformas de revenda de roupas nos Estados Unidos, que apontou que os valores movimentados nesse segmento dobraram desde 2019 e a projeção é que tripliquem até 2025.

A pesquisa da ThreadUP também detectou que os principais varejistas de vestuário já estão planejando como potencializar esse mercado e um dos caminhos escolhidos é a formação de parcerias. Para 60% deles, por questões logísticas, a forma mais viável de alcançar novos mercados é se unir às empresas já especializadas no segmento. Ainda assim, 28% dizem que pretendem estruturar uma operação própria.

Para os empreendedores brasileiros, o Sebrae recomenda conhecer seus nichos de mercado, além de estabelecer presença no mundo digital, que pode favorecer uma captação maior de clientes e maior recorrência de compras das mercadorias.

Carolina, por exemplo, hoje só trabalha com o comércio digital. Por questões de segurança, no início da pandemia de covid-19, em março de 2020, decidiu fechar o showroom que tinha em casa, onde atendia por hora marcada, e concentrou os esforços na promoção do seu site da loja Musa e da página no Instagram.

“Quando migrei totalmente para o online vi que funcionava melhor, tinha uma frequência maior de vendas e as pessoas estavam mais abertas por causa da pandemia”, disse, explicando que, como todo comércio digital, oferece garantia das peças e possibilidade de devolução em sete dias. “A pandemia deu essa brecha e eu aproveitei”, ressaltou.

Com informações de Agência Brasil

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