E-commerce

É necessário coletar as evidências de golpes ou roubos para fazer denúncias

Com a pandemia, muitas lojas físicas tiveram que migrar para o ambiente virtual. E justamente por isso houve um crescimento de transações virtuais de compra e venda de produtos e contratação de serviços por parte da população. Nesse sentido, é importante ter cautela na hora de efetivar essas transações: o momento atraiu a atenção de criminosos, que criam sites falsos para que os consumidores adquiram produtos que nunca irão receber.

“É de extrema importância sempre verificar se os sites são seguros, pesquisar a reputação da loja virtual e os feedbacks de outros clientes sobre o vendedor. Ainda, após a compra de qualquer coisa na internet, guarde todos os comprovantes, para, caso necessário, facilitar a reclamação junto aos órgãos de proteção e defesa do direito dos consumidores”, aponta o advogado e especialista Markus Norat, professor do curso de Direito do Unipê.

“Em qualquer situação, a vítima pode procurar a reparação do dano sofrido, seja material ou moral, uma vez configurado o dano. No Brasil, nós temos regramentos que nos conferem proteção, como o Marco Civil da Internet, Lei Geral de Proteção de Dados, Código de Defesa do Consumidor, Código Penal, entre outros”, acrescenta Norat.

Já para as empresas, o professor mestre Arthur Souto, coordenador do curso de Direito do Unipê, sugere que, em primeiro lugar, é importante criar um código de conduta que determine se será permitida a utilização das redes sociais e a internet como um todo dentro da empresa.

“Caso seja permitido, os responsáveis pela Empresa devem informar a forma e modo dessa utilização para que não haja nenhum tipo de excesso por parte do funcionário, como a divulgação de conteúdo interno confidencial ou mesmo de atitudes ou pensamentos pessoais do funcionário que possam se associar a uma política interna da empresa, muito menos que venha a expor dados de algum cliente. Importante que a empresa realize um treinamento para os funcionários e tenha uma cartilha delineando todos esses regramentos.”

Por fim, os docentes reforçam a importância da atenção dos usuários quanto ao uso de computadores e smartphones e à atualização dos programas de segurança instalados. E ainda enfatizam a importância de preservar a vida e a privacidade pessoal e dos filhos, além de respeitar outras pessoas.

“Desconfie de mensagens que você receba por e-mail e/ou por WhatsApp, direct no Instagram ou Facebook, Viber e Telegram, mesmo que essas aparentem ser enviadas por pessoas conhecidas, e evite clicar em links reduzidos. Caso aconteça qualquer golpe ou roubo de informação, colete todas as evidências e busque ajuda das autoridades policiais e advogados o quanto antes”, recomendam.

Fonte: Portal Correio

 

Novo modo de compra tem demonstrado grande aderência no país desde o início deste ano

Embora o comércio de rua comece a dar sinais de recuperação, é quantitativamente notório o fato de que o comércio online seguirá a pleno vapor. Tanto que a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e o instituto Neotrust realizaram um levantamento que apontou que, no primeiro trimestre de 2021, foram realizadas 78,5 milhões de compras online, ou seja, um aumento de 57,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Esse volume de vendas resultou em um faturamento de R$ 35,2 bilhões para o e-commerce entre janeiro e março deste ano, o que significa um crescimento de 72,2% em face às estatísticas de 2020.

O Brasil atingiu, em 2020, o recorde de pedidos no e-commerce: 301 milhões de compras foram realizadas, número que representa uma alta de 68,5% em relação a 2019, de acordo com a ABComm e a Neotrust. Como consequência, o faturamento nacional também teve um crescimento significativo.

Ao todo, a receita gerada foi de R$126,3 bilhões, número que representa uma variação de 68,1% comparado ao ano anterior e mostra a força do e-commerce e das vendas digitais para a economia do país.

Para o estudo, a busca por baratear o valor da entrega também aumentou durante os primeiros três meses de 2021: o reflexo disso é o grande crescimento da modalidade de frete grátis. No período, 53% das compras realizadas foram entregues de forma gratuita, ante 47% no mesmo trimestre do ano passado. Já a entrega paga foi a opção escolhida em 47% dos pedidos realizados, queda de 6% no comparativo.

Nesse período, o varejo digital concentrou 22,8 milhões de consumidores únicos, aumento de 43,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. O gasto médio total de cada consumidor foi de R$ 1.340,00, valor que representa aumento de 14,1% em relação ao mesmo trimestre em 2020.

“O comércio online passou por uma prova de fogo e de escala por conta da pandemia. Os usuários aprenderam a comprar virtualmente e perceberam que isso era muito bom. O crescimento do segmento, antes disso, já era super acelerado, pois o comportamento do consumidor vinha mudando de acordo com a popularização da internet, dos smartphones e das redes sociais. A pandemia só acelerou um processo que já iria acontecer de uma forma ou outra”, afirma Renan Mota, co-CEO e founder da Corebiz.

Para o especialista, esse cenário gera um ciclo virtuoso e que promove as vendas online, uma vez que os clientes notam que há uma facilidade de compra (sem precisar sair de casa e com a possibilidade de comparar preços com um clique) e que os próprios lojistas estão se aprimorando para oferecer a melhor experiência no ambiente digital.

“A pandemia foi o motor principal para o grande aumento das vendas online. A continuidade se deve ao aumento da confiança no canal internet, a praticidade e a rápida pesquisa de preços. A frequência das comercializações se manteve em alta nos últimos tempos e, diante de datas comemorativas tradicionais de consumo, os índices podem sofrer aumentos”, diz Rodrigo Santos, vice-presidente da ABComm e empresário do setor de logística.

Os segmentos que estão saindo na frente
Apesar de o comércio online no Brasil estar em ascensão, é natural que algumas áreas de atuação estejam performando melhor ou pior do que outras. Isso se deve, em grande parte, ao fato de que as pessoas estão passando cada vez mais tempo em casa, o que gera uma maior procura em itens de bem-estar doméstico. Desse modo, é relevante voltar os olhares aos segmentos que vêm demonstrando resultados positivos. Rodrigo Santos e Renan Mota listam algumas delas:

● Casa (cama, mesa e banho);
● Supermercados (serviços realizam compra e entrega de itens selecionados ao cliente em pouco tempo);
● Tecnologia (em especial: televisões com telas maiores e smartphones);
● Linha branca;
● Vestuário.

Tendências para os meses seguintes
Segundo o co-CEO e founder da Corebiz, a frequência das vendas no comércio online, daqui para frente, será crescente, e de forma exponencial em alguns casos. Tanto que se houver limitações no mercado, ele acredita que será por parte dos lojistas, e não dos consumidores.

“O comércio eletrônico se tornou muito mais do que apenas um canal de vendas online. Hoje, está ligado diretamente ao core de cada cliente. Por exemplo, um indivíduo que vai à loja física pode ser fidelizado pelo canal digital, que por sua vez está integrado ao televendas. O omnichannel tem como “maestro” as plataformas que antigamente eram focadas apenas no e-commerce e que, agora, se tornaram plataformas de vendas em geral”, completa Renan Mota.

De acordo com tudo isso, Rodrigo Santos, vice-presidente da ABComm, coloca que o crescimento do universo digital, em 2021, seguirá em alta devido aos avanços no modo de operação das lojas e no comportamento dos clientes, vertentes construídas e aprimoradas no ano passado e que irão favorecer o desenvolvimento das compras online no país.

“Muito disso possui uma relação com novos consumidores e novas empresas online e também em virtude do grande investimento das companhias em promover, cada vez mais, uma incrível experiência de compra. Seja na oferta de produtos ou na entrega cada vez mais rápida”, discorre o empresário.

Contudo, como a popularização dessa nova forma de compra está em andamento, os especialistas alertam: antes de efetuar uma compra online, busque, ao conversar com familiares e amigos ou na própria internet, referências sobre a loja escolhida para não cair em golpes ou fraudes.

Fonte: Consumidor Moderno

A partir desta quinta-feira, 1 de julho, entram em vigor as novas regras relativas ao IVA nas compras online na União Europeia (UE). Há 28 anos que isso não acontecia e o mercado mudou muito.

O objetivo é incentivar a concorrência entre empresas da UE e de países terceiros que já beneficiam de vantagens.

Mais IVA significa receitas fiscais de cerca de 7 mil milhões de euros por ano na Europa para os cofres públicos.

Mas o que muda, afinal, para os consumidores? Em primeiro lugar, terão de verificar se o IVA está incluído no preço final, como explicou Kristian Vanderwaeren, administrador-geral da alfândega belga: “O consumidor tem de verificar se o IVA está incluído ou não. Se não estiver incluído no momento sobre o preço de compra da mercadoria, o IVA terá de ser pago, a par dos custos de transporte e aduaneiros. Ao comprar qualquer coisa, deverá verificar o preço por si próprio. Tem de se assegurar que o preço final inclui o IVA. Se não for esse o caso, deverá saber qual o valor acrescido que vai ser adicionado. Em geral, o valor adicional na Bélgica será de 30%."

O que é que muda para as empresas? Em primeiro lugar, as mercadorias abaixo de 22 euros deixam de estar isentas e passam a estar sujeitas a IVA. Em segundo, as empresas não-europeias que faturam mais de 10 mil euros terão de se registar num website.

Os especialistas aconselham todas as empresas a fazê-lo.

“A mudança será que empresas não-europeias terão a opção de se registar em um ponto da Europa. Chama-se 'One-Stop Shop.' Se a empresa não optar por este sistema, tem que se registar em todos os Estados-membros e tem que cumprir todas as formalidades aduaneiras em todos os países”, acrescentou Kristian Vanderwaeren.

Além das consequências económicas, a reforma também pode ter repercussões ao nível das relações internacionais, como lembrou Antonio Gigliotti, diretor da empresa Fiscal Focus: “A China não está nada contente com esta operação. Os riscos são elevados, mas também é preciso começar por algum lado. Veremos, a partir de 1 de julho, o que é que acontecerá e que contramedidas é que a China vai adotar.”

As novas regras devem por termo às tentativas de fuga ao pagamento de IVA.

Para as empresas, foi introduzido um método significativamente simplificado de declaração e pagamento. Já o consumidor terá de certificar-se de que o custo total do produto pedido online está incluído no preço final.

Fonte: pt.euronews.com

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